O sobreiro (quercus suber L.), é uma quercínea, pertencente à família Fagaceae (FORTES, Manuel et alií, 2004: p.12) e encontra-se disseminada por países de clima mediterrânico, estendendo-se da Península Ibérica ao sul de França, Itália e Norte de África.
O sobreiro apresenta-se como uma árvore de grande longevidade que pode atingir os 250 anos e, bastante valiosa, devido à extracção da sua casca - a cortiça –produto natural de grande importância na indústria dos vedantes, isolamentos e novas aplicações como os acessórios e a roupa.
A cortiça, produto maior do montado de sobro, é uma matéria-prima vegetal de características ambientais excepcionais: recurso renovável, reciclável, não tóxico, durável e com excelentes propriedades físico- mecânicas.
O sobreiro, em Portugal, corresponde a mais de 730 000 hectares que representam cerca de 23% da totalidade da floresta nacional. O nosso país produz anualmente, em média, cerca de 157,000 toneladas de cortiça, ou seja 52% (APCOR 2006/2007), da produção total mundial.
Somos igualmente, o maior produtor e exportador mundial de cortiça e 60% das transacções de cortiça, têm origem em Portugal, valor que aumenta para cerca de 80% (APCOR 2006/2007), relativamente a transacções de produtos já transformados.
As populações rurais da serra algarvia e Alentejo encontram-se, ainda, bastante dependentes da extracção da cortiça e de um sistema agro-silvo-pastoril associado ao sobreiral e modos de vida rurais, os quais denotam uma forte relação de trabalho e apego à terra e aos lugares serranos de produção e extracção de cortiça.
“Quem se preocupa com os netos, planta um sobreiro”
Este velho ditado português está relacionado com a primeira noção de desenvolvimento sustentável.
O cuidadoso descortiçamento constitui uma harmonia biológica entre o homem e o sobreiro, um convívio com proveito mútuo e mútua sustentação. O primeiro sobrevive e prospera. O segundo mantém a sua dinâmica e renova o seu fato (MESTRE, Ana, 2008: p.100).
Uma das primeiras referências feitas ao sobreiro foi escrita pelo filósofo grego Teofrasto (GIL, Luís, 2005: p.25), nos seus tratados sobre Botânica, onde é referida a enorme capacidade regenerativa desta árvore e a faculdade em renovar a casca quando periodicamente esta lhe é retirada. São estas características, e outras, que desde sempre valorizaram e atribuíram um elevado grau de respeito e nobreza ao sobreiro.
O tempo de vida útil para extracção de cortiça de um sobreiro saudável é equivalente a, aproximadamente treze a dezoito descortiçamentos e, durante o seu período o vida útil realiza-se a sua exploração económica não só através da extracção da cortiça, mas também do seu fruto (lande) e folhas, que servem para alimentação do gado, sementeira e adubo vegetal.
A prática da apicultura em pleno sobreiral algarvio e utilização dos cortiços, fazem parte integrante da nossa paisagem rural e, já Varrão (séc II a. C.), recomendava o uso da cortiça para construção dos cortiços as abelhas (GIL, Luís, 2005: p.26), por constituir um material mau condutor de calor.
O sobreiral algarvio define ainda, um vasto ecossistema bastante rico em fauna e flora dele dependentes constituindo uma zona abrigada e de dinâmica favorável o desenvolvimento de um sem número de espécies.
Alguma da flora autóctone que se pode encontrar em pleno sobreiral são a esteva, medronheiro rosmaninho, urze branca, orquídeas selvagens e espécies diversificadas de cogumelos.
O sobreiro apresenta-se como uma árvore de grande longevidade que pode atingir os 250 anos e, bastante valiosa, devido à extracção da sua casca - a cortiça –produto natural de grande importância na indústria dos vedantes, isolamentos e novas aplicações como os acessórios e a roupa.
A cortiça, produto maior do montado de sobro, é uma matéria-prima vegetal de características ambientais excepcionais: recurso renovável, reciclável, não tóxico, durável e com excelentes propriedades físico- mecânicas.
O sobreiro, em Portugal, corresponde a mais de 730 000 hectares que representam cerca de 23% da totalidade da floresta nacional. O nosso país produz anualmente, em média, cerca de 157,000 toneladas de cortiça, ou seja 52% (APCOR 2006/2007), da produção total mundial.
Somos igualmente, o maior produtor e exportador mundial de cortiça e 60% das transacções de cortiça, têm origem em Portugal, valor que aumenta para cerca de 80% (APCOR 2006/2007), relativamente a transacções de produtos já transformados.
As populações rurais da serra algarvia e Alentejo encontram-se, ainda, bastante dependentes da extracção da cortiça e de um sistema agro-silvo-pastoril associado ao sobreiral e modos de vida rurais, os quais denotam uma forte relação de trabalho e apego à terra e aos lugares serranos de produção e extracção de cortiça.
“Quem se preocupa com os netos, planta um sobreiro”
Este velho ditado português está relacionado com a primeira noção de desenvolvimento sustentável.
O cuidadoso descortiçamento constitui uma harmonia biológica entre o homem e o sobreiro, um convívio com proveito mútuo e mútua sustentação. O primeiro sobrevive e prospera. O segundo mantém a sua dinâmica e renova o seu fato (MESTRE, Ana, 2008: p.100).
Uma das primeiras referências feitas ao sobreiro foi escrita pelo filósofo grego Teofrasto (GIL, Luís, 2005: p.25), nos seus tratados sobre Botânica, onde é referida a enorme capacidade regenerativa desta árvore e a faculdade em renovar a casca quando periodicamente esta lhe é retirada. São estas características, e outras, que desde sempre valorizaram e atribuíram um elevado grau de respeito e nobreza ao sobreiro.
O tempo de vida útil para extracção de cortiça de um sobreiro saudável é equivalente a, aproximadamente treze a dezoito descortiçamentos e, durante o seu período o vida útil realiza-se a sua exploração económica não só através da extracção da cortiça, mas também do seu fruto (lande) e folhas, que servem para alimentação do gado, sementeira e adubo vegetal.
A prática da apicultura em pleno sobreiral algarvio e utilização dos cortiços, fazem parte integrante da nossa paisagem rural e, já Varrão (séc II a. C.), recomendava o uso da cortiça para construção dos cortiços as abelhas (GIL, Luís, 2005: p.26), por constituir um material mau condutor de calor.
O sobreiral algarvio define ainda, um vasto ecossistema bastante rico em fauna e flora dele dependentes constituindo uma zona abrigada e de dinâmica favorável o desenvolvimento de um sem número de espécies.
Alguma da flora autóctone que se pode encontrar em pleno sobreiral são a esteva, medronheiro rosmaninho, urze branca, orquídeas selvagens e espécies diversificadas de cogumelos.